Pesquisa personalizada

domingo, 10 de março de 2013

Os Arcanos Maiores - A Roda da Fortuna



Simbolismo do Arcano Maior explicado de acordo com Arthur Edward Waite.

Neste símbolo, segui outra vez a reconstrução de Eliphas Lévi, que tem fornecido diversas variantes. É legitimo — como deixei entendido — usar o simbolismo egípcio quando ele serve aos nossos objetivos, contanto que não esteja implícita qualquer teoria da origem. Apresentei, contudo, Tifon em sua forma de serpente. O simbolismo não é, naturalmente, de todo egípcio, pois as quatro Criaturas Vivas de Ezequiel ocupam os quatro cantos da carta, e a própria roda segue outras indicações de Lévi a respeito da visão de Ezequiel, elucidativa da Chave do Tarô particular. Para o ocultista francês, e em seu próprio desenho, a figura simbólica representa o movimento perpétuo de um universo fluídico e o fluxo da vida humana. A esfinge é o equilíbrio ali reinante. A transliteração de Tarô em Rota está inscrita na roda, intercalada com as letras do Nome Divino, para mostrar que a Providência está impregnada em tudo. Mas essa é a intenção Divina interna, e a semelhante intenção Divina externa está exemplificada pelas quatro Criaturas Vivas. Algumas vezes, a esfinge é representada deitada em um pedestal em cima, o que lesa o simbolismo, invalidando a ideia essencial da estabilidade no meio do movimento.
Por trás da noção geral expressa no símbolo, está a negação do acaso e a fatalidade que nisso se implica. Pode-se fatalidade que nisso se implica. Pode-se acrescentar que, dos dias de Lévi para cá, as explicações ocultas dessa carta são  — mesmo para o próprio ocultismo de uma natureza singularmente fátua. Tem-se dito que ela significa princípio, fecundidade, honra viril, autoridade governante, etc.

Este arcano é represento pela letra hebraica Yod.